terça-feira, 16 de junho de 2009

Projecções do INE

Projecções do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que o número de idosos (mais de 65 anos) atingirá, em Portugal, a marca de 2,95 milhões em 2050, mais um milhão do que em 2005 (1,78 milhão) e 2006 (1,82 milhão).Segundo a edição de quinta-feira do Jornal de Notícias, em 2046, haverá 238 idosos por cada 100 jovens, o dobro dos valores actuais (112 para 100), facto que leva especialistas a considerar que as escolas devem preparar os mais novos para a sua própria velhice. Ainda de acordo com as projecções do INE, em 2046 a proporção de população jovem reduzir-se-á 13% e a população idosa aumentará dos actuais 17,2% para 31%.Neste cenário, agravar-se-á o processo de envelhecimento da população portuguesa expresso no índice de envelhecimento, que é hoje de 112 idosos por cada 100 jovens e em 2046 será de 238 pessoas com mais de 65 anos por cada 100 até aos 14 anos. Perante estas projecções, uma docente e investigadora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa (ISCSP/UTL) defende que as escolas deviam dar aulas de gerontologia (estudo do envelhecimento) aos jovens para lhes explicar que «ser idoso não tem de ser um fardo» e educá-los para uma velhice activa.Num país em que a esperança de vida à nascença e aos 65 anos é cada vez maior, os mais velhos são considerados «um fardo e um custo em toda a ordem em termos de equipamentos sociais e dos hospitais», considera Stella António.«O Envelhecimento e Políticas Sociais» e a «Solidariedade Geracional e Sustentabilidade da Segurança Social» são alguns dos temas que vão estar hoje em debate na «Conferência Demografia e Políticas Sociais», organizada pelo Centro de Administração e Políticas Sociais do ISCSP/UTL e Associação Portuguesa de Demografia (APD).Os dados mais recentes do INE, relativos a 2006, indicam que o Alentejo é a região do país mais envelhecida, com 102.042 jovens (até aos 14 anos) contra 175.061 idosos (22,9% do total da população). No lado oposto estão as regiões autónomas, onde há mais jovens que idosos nos Açores existem 46.904 jovens e 30.198 idosos (12,4% da população) e na Madeira há 44.283 crianças até aos 14 anos e 32.274 pessoas com mais de 65 anos, que perfazem 13,1% do total da população madeirense.


Fonte: Diário Digital

Dados Estatísticos

Indicadores demográficos relativos a 2006 mostram que o envelhecimento da população é uma tendência crescente.
A tendência de envelhecimento da população continua a crescer desde 2000, ano em que o número de idosos suplantou o número de jovens. A população jovem (indivíduos com menos de 15 anos) diminuiu face a 2005 e o número de idosos (65 ou mais anos) aumentou para 17,3%. O índice de envelhecimento passou de 110 idosos por cada 100 jovens em 2005 para 112 idosos por cada 100 jovens em 2006.
As estatísticas demográficas relativas ao ano de 2006, publicadas
esta segunda-feira pelo INE (Instituto Nacional de Estatística), mostram ainda que a população portuguesa cresceu pouco em 2006 - mais 29.503 indivíduos face a 2005, registando uma taxa de crescimento efectivo de 0,28%.
O número de nascimentos diminuiu em Portugal situando-se nos 105.449, o que significa um decréscimo de 3,6 % face a 2005. A região norte é aquela onde nasceram mais bebés. O Algarve, os Açores e a Madeira foram as regiões que registaram menos nascimentos. Portugal registou uma das taxas de natalidade mais baixas da União Europeia ao lado de países como Alemanha, Áustria, Bulgária,Eslovénia, Hungria e Ucrânia.
O número de óbitos em Portugal sofreu também uma diminuição de 5,1 % face ao período homólogo anterior. Os portugueses casam menos e mais tarde.
Em 2006 foram celebrados cerca de cerca de 48 mil casamentos, menos 1,7% do que em 2005. Os homens e as mulheres casam cada vez mais tarde em 2006. O norte foi a região onde se contraíram mais matrimónios. As mulheres casaram-se em média com 29 anos, enquanto os homens casaram-se em média com 32 anos.
Os divórcios aumentaram 4,7%, representando mais 1.082 divórcios face ao ano anterior. Lisboa e Porto registam a maior incidência de separações conjugais.


Fonte: JPN (Jornalismo Porto Net)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Poema sobre a Velhice

Não tenho medo da velhice,
Mas sim de não ter realizado
Tudo aquilo que podia ou pretendia...
De chegar ao fim d vida
Sem deixar minha digital
E carregar uma frustração sem saída...
De amargar por onde for
Esta dor de nesta lida ser tão preterida...
Não tenho medo da velhice,
Mas d'existir como se não existisse,
E seguir entre sonhos intocáveis
Onde sequer me percebem
Onde nem faço parte da paisagem...
E mesmo sobrepujando obstáculos
Que me humilham, ferem no escuro,
Perseguir um destino que s'estilhaça ante meus olhos
E parece não ter porta para o futuro...
Não tenho medo da velhice,
Apenas de esquecer quem sou,
E não esquecer o mal que me fizeram,
Em tanto tempo,por tantos séculos
Essas dores e tristezas ancestrais que carrego
Dentro d'alma contrita,
Numa expansão universal incontida...
Não tenho medo da velhice.

MônickaChristi

Provérbios sobre a Velhice

- A velhice confessada é menos velha.

- A velhice é a depositária da experiência.

- A velhice é doença irremediável.

- Antes velho ajuizado, que moço desatinado.

- A velhice é uma estranha enfermidade, trata-se para a fazer durar.

- A velhice é um tirano que castiga os prazeres com pena de morte.

- A velhice faz o homem prudente.

- Ninguém quer ser velho, nem ninguém quer morrer novo.

- A velhice começa surgindo de dentro da mocidade.

- A velhice é a segunda meninice.

Citação de Mucznik

"A velhice anuncia ao homem o seu destino: o homem insensato, que afinal todos somos mais ou ou menos, tende a recusá-lo, maquilhando-a, disfarçando-a enquanto pode e depois encerrando-a longe da vista e do coração. O reverso da medalha é o culto da juventude. Televisões, rádio, publicidade, lazer, estão cada vez mais virados para os jovens e adolescentes. Mas sob o lema "o futuro pertence aos jovens" está normalmente mais uma aposta comercial do que uma verdadeira preocupação social. Num mundo em que a aparência é tudo, as rugas não têm direito à vida,"

Autor: Mucznik, Esther
Fonte: Público